A produção de conteúdo para redes sociais é algo indispensável para o mundo dos produtores multiplataformas. Com diversas possibilidades de consumo, modificações na experiência dos usuários e uma produção incalculável de conteúdos pelos prossumers (indivíduos produtores e consumidores de conteúdos), as plataformas de mídia estão sempre se reinventando.
Uma pesquisa da CISCO, por exemplo, mostra que 80% do tráfico da internet em 2020 será de vídeos. Um dado, certamente, impulsionado pelo papel massivo das lives e dos stories aplicados a dispositivos como o Facebook e Instagram desde 2016. Essa pequena alteração dinâmica das plataformas na disposição da entrega e criação dos conteúdos cria novos mercados, demanda novas estratégias e amplia as formas de atuação do usuário.
“As lives se tornaram um filme de terror ao vivo no qual eu trabalho com a imaginação das pessoas ao criar uma esfera hipnótica através da narração e do espaço cênico preparado especialmente para as transmissões” – Daniel Pires
“Muito mais que estar conectado às mídias e redes sociais, é essencial conhecer suas ferramentas e saber utilizá-las para potencializar pensamentos e, acima de tudo, gerar conteúdo de qualidade” alega Daniel Pires, criador e produtor de conteúdos do Canal Lenda Urbana e um dos professores convidados da Especialização em Produção de Conteúdo Audiovisual para Multiplataformas. Depois de anos trabalhando com a produção de curtas de terror, o canal passou a fazer lives interativas com rituais macabros e isso alterou totalmente a dinâmica do canal : hoje ele possui 2 milhões de seguidores no Facebook e 121k no Youtube.
“Na primeira live em julho de 2016 havia 10 mil usuários e na segunda chegamos em 18 mil. Hoje em dia as lives se tornaram o principal produto do Lenda Urbana e transformaram o canal porque os fãs interagem, mudam o rumo da história, mandam mensagens, prints e sentem o medo real na casa deles. As lives se tornaram um filme de terror ao vivo no qual eu trabalho com a imaginação das pessoas ao criar uma esfera hipnótica através da narração e do espaço cênico preparado especialmente para as transmissões”, observa Pires.
Mesmo com esse crescimento, segundo Daniel, o planejamento da produção também exige reformulações: “Uma estratégia interessante para migrar a audiência foi quebrar as lives: realizando metade da live no Facebook e a outra metade no Instagram. Como no Facebook há 2 milhões de seguidores (o maior público) e no Instagram o público é menor (87mil seguidores), essa movimentação tem feito o perfil crescer gradualmente.”
São essas habilidades que serão desenvolvidas na disciplina “Produção para Plataformas de Mídia” cujo objetivo é discutir a produção de conteúdo e como ela pode conversar com as diversas mídias sociais. Além de trabalhar com exercícios de produção de vídeos para as redes, a disciplina tem o intuito de analisar os canais do YouTube, Instagram, Facebook e entender como funciona o algoritmo da plataforma de vídeos.
Especificações como o formato e periodicidade das publicações também serão abordados, uma vez que cada um desses fatores compõe a qualidade de circulação e de engajamento – noções centrais que aumentam a relevância do vídeo produzido.
As inscrições para a turma 2019 estão abertas até 08 de março! Inscreva-se: https://multiplataformas19.faiufscar.com/nova-inscricao-a2186aa7c086b46ad4e8bf81e2a3a19b.html#/