Ontem, sábado a noite, eu comecei assistir o documentário Right Here, Right Now e 2 coisas imediatamente aconteceram: eu comecei a dançar E a chorar.
O filme conta a história do lendário show do maior de todos os djs, Fatboy Slim, em 2002 em Brighton, sua cidade Natal, na praia.
O esperado era receber um público de 30 mil pessoas e a prefeitura preparou a infraestrutura da cidade para 40 mil.
O que aconteceu foi que, mesmo achando que não era um show dos Beatles, era só um dj, mais de 250 mil pessoas apareceram causando caos não só em Brighton mas nas estradas, na linha férrea, nos ônibus. Diziam que tinham mais pessoas na praia que pedras, já que lá a praia não é de areia.
Todo mundo apreensivo, inclusive o superstar dj, e apesar de todos os pesares tudo aconteceu da melhor forma possível, com só 6 pessoas indo parar na delegacia, que diria.
Mas Right Here, Right Now não conta só essa história.
O documentário nos mostra exatamente como e porque Fatbloy Slim virou o maior artista do final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, como ele mudou o status não só da música eletrônica mas do dj e produtor e principalmente, a partir deste show em Brighton, colocou as apresentações de djs em todos os grandes festivais de música do mundo.
Se você, como eu, viveu isso na época, vai se emocionar muito ao lembrar como eram as festas, como o tal big beat, a música que ele fazia ao mesmo tempo que os Chemical Brothers, Prodigy e alguns outros artistas estavam fazendo coisas parecidas.
E no meu caso, me fez lembrar mais uma vez a primeira vez que eu ouvi Rockafeller Skank, na pista do Lov.E, no Paradise, o after dos meus amigos Marvcelona e Oscar, com o Dj George Actv tocando e eu achando que alguém tinha colocado alguma coisa na minha bebida quando ouvi a música parar no meio, se estender, virar outra coisa e meu cérebro explodir.
Depois eu lembrei que na verdade meu cérebro já estava explodindo há algumas horas, mas essa é outra história.
Right Here, Right Now, o documentário, entrevista todo mundo, desde o próprio Norman Cook, Fatboy Slim em si, toda sua trupe com quem ele trabalha até hoje e que lá estava, todo o pessoal da administração pública de Brighton, do chefe de polícia à pessoa encrregada de produzir o show, jornalistas da NME e de revistas da época e alguns atores, famosos hoje em dia, que lá estavam se jogando muito, como nosso ídolo Simon Pegg.
Para nossa sorte o show, como eu disse, foi um sucesso e trouxe Fatbly Slim para uma apresentação dessas em um domingo épico na praia do Flamengo logo depois disso, onde eu estava com minha parceira de eventos da vida, Dani, e a partir daí a música eletrônica nunca mais foi a mesma.
NOTA: 1/2