Ah gente, não tem como falar mal dos filmes da franquia Missão Impossível.
Possivelmente o dinheiro mais bem gasto em Hollywood. Quero dizer, a gente realmente vê no filme os milhões de dólares do orçamento sendo explodidos, detonados, quebrados, atirados ponte a baixo.
A grande arma de marketing deste filme (e de Oppenheimer) é que quase não existem efeitos especiais em pós produção. A gente sabe que o cientologista do Tom Cruise gosta de pular de paraquedas, pilotar aeronaves, fazer piruetas com carros, andar de moto e pular de paraquedas com a moto, correr em cima de trem em movimento.
Em MI7 – Acerto de Contas – Parte 1 tem tudo isso. E mais um pouco.
Eu acredito que exista uma bíblia de como se deve escrever um roteiro de um filme de Missão Impossível porque todos os truques e cacoetes e reviravoltas que a gente vê desde o primeiro filme estão neste novo como estavam em todos os outros anteriores.
Só que sempre repensados para serem maiores e melhores.
E mais uma vez eles acertaram.
Em MI7 a gente fica sabendo mais sobre o IMF, os caras que “comandam” a associação de gente que vive nas sombras como o Ethan Hunt (Cruise): como eles são encontrados, chamados, o que lhes é prometido, como recebem as missões e por aí vai.
Desta vez o vilão do filme é, olha só, uma Inteligência Artificial, a entidade, que se tornou senciente, quer dizer, virou o que a gente mais teme: conseguiu sentir!
E a entidade quer dominar o mundo e está fazendo de tudo para conseguir, sempre um passo à frente de quem pretende acabar com ela, já que ela conhece todos os passos que vão ser dados e está preparada.
Mas ela não contava com Ethan e suas correrias.
Aliás, acho que neste filme bateram um recorde de plano sequência do Tom correndo com os bracinhos que a gente tanto ama, em um corredor infindo em Veneza, a noite, todo iluminado por velas acesas, coisa mais linda.
E Cruise não só corre como também dirige uns carros pelas ruas de Roma na talvez maior sequência de perseguição de carros da história do cinema. Eles não param. Trocam de carro e continuam. E batem os carros, e descem escadarias, sobem nas coisas, briga no deserto, no aerporto, não param.
Eu sempre achei que as melhores perseguições de carros do cinema eram as de Blues Brothers em Chicago e de Ronin em Paris. Mas esta de MI7 em Roma me fez criar um top 3.
Mas se você acha que eu vim a MI7 pra ver o baixinho correndo, se enganou: eu vim pela Vanessa Kirby porque é óbvio e ela está melhor que nunca.
MI7 não fica devendo nada, entrega tudo e mais um pouco porque quando achei que fosse acabar, me enganei, o filme não para. E essa é só a primeira parte.
O caras estavam filmando a continuação mas pararam por causa da greve dos roteiristas e atores de Hollywood. Quem diria.
Vá com fé ver este absurdo e saiba que vai se divertir, vai ficar chocado com revelações e se não fosse por algumas falhas imperdoáveis de roteiro, minha nota seria a máxima. Mas não dá pra passar pano pra errinho de filme milionário.
Mesmo assim, #alertafilmão.
P.S.: e eu que tinha pensado “como assim os caras liberaram a cena dele pulando de moto de paraquedas de um precipício antes mesmo de liberarem o trailer?”.
Tolinho eu.
NOTA: 1/2