Esse filme tem uma das premissas que mais me desesperam: uma criança é raptada por um bando de desgraçados da gangue mais fdp possível.
E o pior: o filme é baseado em uma história real de uma menina de 14 anos levada por esse povo.
Acontece que o pai dela é policial (vivido pelo ótimo Nikolaj Coster-Waldau) e resolveu ele mesmo fazer o que podia e o que não deveria para reencontrar sua filha, já que a própria polícia onde ele trabalha não tem a menor pista do que pode ter acontecido com ela.
O policial fica sabendo que uma das mulheres desta gangue/culto recentemente fugiu, participou de um programa de desintoxicação/reabilitação de drogas e lá vai ele encontrá-la.
Ele não esperava encontrar uma menina que parece uma mulher muito adulta, toda tatuada, com os braços cheios de marca do vício em heroína e logo ele percebe que provavelmente eles estejam fazendo a mesma coisa com a filha de 13 anos de idade.
Mesmo assim Bob, o pai, com a ajuda de Case, a ex-culto, vai atrás da filha, disposto a fazer o que for preciso.
E a primeira parada é ele se tatuar inteiro para poder pelo mesmo aparentemente, se mostrar próximo dos captores da menina.
O filme é um jogo de gato e rato por um submundo white trash americano horroroso onde a moral não existe e as piores possibilidades para tudo são as mais prováveis.
God Is A Bullet é dirigido pelo quase ótimo Nick Cassavetes, filho do John e da Gena Rowlands, um diretor que funciona muito bem em Diário de uma Paixão, por exemplo, um filme fofo bem dirigido mas que parece não ter uma ousadia estilística ou mesmo filosófica, talvez, para se dar bem com uma história tão radical quanto esta.
O filme vai mais por uma linha de um super drama do que de um suspense policial, o que poderia ter sido melhor, principalmente porque a gente vê muito menos esse povo que no mínimo é interessante, de uma forma bem distorcida moralmente.
Uma pena porque a história é super interessante, doida demais e as possibilidades eram imensas.
NOTA: