Fui assistir o filme mais assistido (no mundo) na Netflix e olha, tamo ruim de filme mais assistido.
Ou melhor: o filme mais assistido no mundo não segnifica que o filme seja o melhor filme do mundo.
Ou melhor: a Netflix consegue com seu marketing básico fazer com que a gente assista o que ela quer.
E lá fui eu.
O sueco Um Dia e Meio não é ruim. Mas também não é bom.
É um filme de sequestro, onde o Artan (Alexej Manvelov), ex companheiro de Louise (Alma Pöysti), uma médica vai procurá-la no hospital onde ela trabalha porque ele quer ver sua filha, que ele não sabe onde está.
O que poderia ter terminado numa conversa civilizada toma um caminho “alternativo” já que o cara resolve apontar uma arma para a cabeça de todo mundo.
Sério?
Até que chega a polícia, cerca o hospital e eis que entra lá onde estão todos sob a mira do “imigrante albanês louco que mal fala nossa língua”, Lukas (o ótimo ator e diretor Fares Fares), aqueles policiais especializados em crise, que vai tentar “domar” o bandido.
Com uns 15 minutos de filme eu já estava desanimando, mas logo o trio sai do hospital e segue o caminho da roça em um carro pedido por Artan, dirigido pelo policial.
E daí pra frente é um falatório só, uma lavaçnao de roupa suja do (ex) casal e olha só, quem diria, um interessante caminho seguido pelo personagem do policial, que entra na onda do casal e revê alguns eventos de sua vida familiar também.
Tudo enquanto tenta convencer o marido que tudo vai dar certo, mas para isso ele abre seu coração.
Tá bowa.
O filme é de longe, bem de longe baseado em uma história real que o diretor Fares leu em um jornal, mas a ideia toda das conversas no carro de fuga foram criação dele mesmo.
Assim sendo, Um Dia e Meio é um filme bonzinho, que cairia no genérico senão fosse por um detalhe bem interessante que acaba salvando o filme: o quanto vemos do preconceito sofrido pelo albanês pelos suecos que ele encontra pelo caminho.
A fascistada do mal tá espalhada por tudo quanto é canto mesmo.
NOTA: