Chegou o dia que eu assisti um filme do meu preferido Fatih Akin e achei só bom.
O alemão Akin dirigiu alguns dos melhores filmes produzidos na Alemanha nos últimos anos, sendo O Bar da Luva Dourada e Em Pedaços apenas 2 dos meus super preferidos.
Agora ele deu um passo gigante, talvez não pro lado certo, onde filma a vida do rapper Xatar, que vai a extremos, de uma “vida de crimes”, apesar do seu amor pela música e pelo piano, ao estrelato como artista de hip hop.
Os filmes de Akin são sempre histórias incríveis, muito bem escritas e dirigidas mas com aquele tipo de direçnao mais clássico, eu diria, sem muita firula, sem querer aparecer mais que suas personagens ou que suas histórias em si.
Desta vez o classicismo de Akin foi um tiro n’água, como diria minha avó.
Numa história tão radical, com elementos tão extremos que vai do thriller, do suspense ao dramão familiar e emocional, com um roteiro forte o suficiente para entregar de mão beijada a Akin a possibilidade de ousar ao filmar a vida do rapper, ele prefere fazer um filme seguro.
Não sei o quanto este filme teve dinheiro vindo de algum lugar que se espera o lucro nos cinemas, já que se conta uma história bem conhecida por lá e talvez eles (produtores) não quisessem assustar seu público com detalhes sórdidos que com certeza rolaram.
Isso dá uma caída no filme mas veja bem, Rheinglod, O Roubo de Sucesso não é uma porcaria, é só um filme normal.
Mas esse normal foi o que me pegou porque uma coisa é você ser um Polanski ou um Bellocchio e fazer filmes normais com histórias gigantescas.
Eu tenho certeza que daqui alguns anos, muitos filmes depois, eu vou poder repetir a frase acima e colocar o Fatih Akin ao lado daqueles 2 mestres do cinema.
NOTA: