Lá na década de 1980, um filme como Showing Up passaria na Mostra de Cinema de SP em no máximo 3 sessões no Marabá/Metrópoles e olhe lá.
O novo filme hypadinho da diretora Kelly Reichardt é meio que só isso mesmo, hypadinho, lançado pela A24, com uma dupla principal fodona.
Michelle Williams faz uma escultora chata, desinteressante, sem graça nenhuma que tem a sorte de ser uma ótima escultora.
Hong Chau faz uma artista plástica vibrante, chata mas interessante que além de tudo aluga metade de sua casa pra escultora chata e meio que a tortura “sem querer” ao deixá-la sem água quente e ao fazê-la cuidar de um pombo machucado.
Fim.
Pois é, o filme é isso, uma bobagem pretensiosa, fotografada bem granuladamente, filmada em uma escola de artes qualquer onde a gente vê uma galera produzindo enquanto esse nada acontece em primeiro plano.
Nada me pegou de jeito além da Hong Chau que pra mim vai fazer a fodona de Hollywood logo logo, como já disse aqui.
A cara da Michelle me fazia ter vontade de pegar o celular pra ler o twitter (quer sofrimento maior?).
Eu sei que não é culpa dela, médio, e aqui volto à pretensão do filme e da diretora.
Kelly Reichardt fez o filme da vaca que todo mundo acha o máximo, até eu achei, mas que, sejamos sinceros, envelhece mal e daqui uns anos eu vou ter vergonha do que escrevi como todo mundo vai ter vergonha de ter amado.
Meio como quando a gente vai a uma exposição de arte tosca e fica elocubrando sobre como as pinceladas horrorosas representam a mente doentia do artista.
Papo furado.
NOTA: