Eu sofro de vertigem. Grave.
Olhar pra baixo de terceiro andar de prédio pra mim já é ânsia de vômito certa.
Meus amigos “fofos” vivem me mandando vídeos de gente em penhasco, andando naqueles chãos de vidro de arranha céus, só pra me fazer dar uma morridinha rápida.
Sabendo disso tudo fui lá assistir Vertigem Mortal, o filme que se passa a 600 metros, a altura de uma antena onde 2 amigas resolvem escalar para curar o trauma de uma delas, quando o namorado despenca em um rapel, nos primeiros 3 minutos de filme.
A menina fica tão arrasada que passa o próximo ano numa depressão profunda que a leva a ir a bares durante o dia e ficar bebendo como uma alcoólatra desvairada.
Até que a amiga consegue convencê-la que nada melhor que um porre para curar uma ressaca. Ops, desculpe a comparação errada mas é meio por aí.
Vertigem Radical é meio que um 127 Metros só que lá no alto, porque as 2, depois de atingirem o alto da torre, ficam presas lá em cima sem sinal de celular e sem ter como descerem.
Como? Pois é, com a explicação mais óbvia e preguiçosa de todas.
Mas esse não é o pior dos problemas do filme.
Quando comecei assistir o filme pela primeira vez já me senti mal de cara e desliguei depois de uns 15 minutos.
Mas percebi que tinha ficado enjoado não pela altura que os personagens escalam mas sim pela desgraceira de atuação do tosco Jeffrey Dean Morgan.
Ele é o pai da menina que para de escalar e se joga (ops) na bebida. E a primeira discussão entre os 2 é uma das coisas mais constrangedoras dos filmes constrangedores dos últimos anos.
O cara parece que teve a primeira aula de atuação semana passada; sim, só depois de ter filmado esse petardo.
O filme não é ruim, é mais do mesmo dessa onda de filmes catástrofe de situações extremas tipo a menina que fica presa em um canto de mar por um tubarão gigante ou dos amigos que ficam presos e encurralados em um jetski por, de novo, um tubarão gigante.
Agora é a história das amigas que ficam presas lá no alto sem ter como descer.
Quer dizer. Ah, sem spoiler, mas o final é bom, quase dá uma salvadinha.
NOTA: