Quando eu achava que os filmes doidinhos com vontade de terem sido feitos nos anos 1980 tinham saído de moda, eis que me aparece Cosmic Dawn.
Sabe aqueles filmes com trilhas que copiam o Tangerine Dream dos filmes do Dario Argento da década de 1970?
Sabe aqueles filmes com muita luz vermelha estourada?
Sabe aqueles filmes que geralmente tem a ver com OVNI?
Sabe aqueles filmes que só faltam ter o Nicholas Cage no elenco?
Cosmic Dawn é tudo isso, só que é bom.
Acredita?
O filme segue Aurora (juro, a mina tem esse nome mesmo), um jovem bem perdidinha “nas drogas”, que se perdeu (entendeu?) da mãe quando era uma criança.
Só que na verdade a mãe foi abduzida e uma turma de pessoas bem doidinhas que também passaram por experiências com alienígenas e fazem parte de um culto chamado, adivinha, vai, adivinha: Cosmic Dawn.
Por que ainda fazem filmes desses, depois de Mandy por exemplo/ Não deveriam, né?
Mas o diretor Jefferson Moneo teve a cara de pau de conseguir um pouco de dinheiro e contar essa história de uma forma bem bacana, com umas brincadeiras de roteiro bem interessantes e o melhor, com um elenco incrível.
Camille Rowe que faz Aurora é o máximo e Antonia Zegers (grande atriz chilena, esposa do Pablo Larraín), que faz a doidona master chefe do culto está perfeita, com seu sotaque peculiar e sua bipolaridade extrema.
Cosmic Dawn por momentos flerta com a comédia mas acaba sendo um drama dos bons.
O ridículo do culto que espera a visita de um OVNI para ser salvo é usado em favor da ficção científica e do suspense muito bem dirigido com uma direção de ate que existe para o roteiro e não o contrário.
NOTA: