Adoro quando um filme trash é tão bem filmado, tão bem dirigido, que ultrapassa esse limite.
E o melhor é que mesmo assim o horror Jakob’s Wife não deixa de ser trash.
A esposa de Jakob, um pastor de uma cidadezinha qualquer no meio do nada dos EUA, de uma hora para outra, depois de um encontro nada casual com um ex namorado da época da escola, começa a mudar de atitudes e começa a gostar de tomar sangue.
Olha que pitoresco.
Olha que vampiresco.
Pitoresco também é o filme se chamar A Esposa de Jakob e não seguir a linha empoderadora feminista atual, onde ela não seria a esposa do pastor e mais nada.
Mas o legal do filme é mostrar o quanto a esposa bonitona é muito mais fodona que o marido careta, gordinho e careca.
O filme é muito bem dirigido pelo canadense Travis Stevens e sinceramente me pegou de surpresa ao contar essa história, desculpe me repetir, trash da forma como a conta.
O gore, os litros de sangue jorrados, os dentinhos de Nosferatu, o batom vermelho, os óculos escuros, fazem do filme uma sucessão de clichês que são rebatidos o tempo inteiro com tiradas maravilhosas do roteiro.
Até que temos a grande surpresa do filme, o esperado aparecimento de um personagem que fica nos atiçando o filme inteiro e que corresponde a nossas expectativas lindamente.
Poderia falar um monte da dicotomia do roteiro da mulher do pastor virar uma vampira e de repente amar outro “mestre” mas como todo bom horror trash, todas as explicações para as possíveis metáforas do filme, estão no filme, nada fica de fora, o que é mais bacana ainda.
Mas o melhor de tudo é que a esposa de Jakob, a grande personagem do filme, a mulher por quem nos apaixonamos é vivida pela lenda do cinema Barbara Crampton, a diva que estreou em Dublê de Corpo e que logo depois SÓ estrelou Re-Animator e pelo menos outros 30 clássicos do horror.
NOTA: 1/2