Ontem eu escrevi aqui sobre um filme ruim que tinha uma ideia muito boa e que por causa da produção mesmo que tosca, consegue nos dar a ideia do que a diretora incompetente quis fazer para contar os 2 últimos dia de vida de seu pai.
Assim sssistimos As Mortes de Dick Johnson.
Corta para uma dimensão paralela onde o cinema, onde o Cinemão superlativo com C maiúsculo existe e é pensado e produzido e lançado.
Mesmo pelas mãos de outra diretora incompetente, no caso a esposa do personagem, a atriz Bárbara Paz que ao que vemos nunca tinha pego em uma câmera com uma ideia de fazer filmes antes de ter sido casada com o maior de todos, o brasileiro Hector Babenco, o maior diretor brasileiro de todos, e por um breve tempo meu maior mentor e professor.
Mesmo assim, em seus últimos de vida, acometido de câncer que ia e voltava cada vez mais avassalador, Bárbara resolve criar um CODA, um epílogo, um filme final para que nós que tanto os amamos pudéssemos participar desse momento tão catártico.
E nisso o filme funiona como nada que eu já tenha visto no cinema.
Eu que tinha All That Jazz como meu fime de morte, como referência de como eu gostaria que minhas musas e meus demônios viesses me buscar no momento apropriado, percebi que se eu forçar um pouco a amizade eu consigo marcar um último jantar, uma última ceia, em um cenário desesnhado pela Daniela Thomas e lá abraçar pessoas que eu considero que tenham sido importantes na minha vida.
Babenco: Alguém Precisa Dizer que o coração Parou é o tipo de experiência física mas filosófica que em tempos pandêmios e cabalísticos te dão um pequeno alívio, até cômico, de que a vida, apesar de ser legal e de tentar ser suficuente, por muitas e muitas vezes não é nada mais que um capítulo por vezes relevante, por outra passado em branco, do livro que os eternos tem em mãos enquanto você o escreve.
E hoje foi daquele dia de colocar ponto final na história que vinha sendo contada
NOTA: 1/2