Hoje, dia 11 de novembro, começa a edição 28 do Festival Mix Brasil com 101 filmes entre longas e curtas de mais de 24 países.
Tudo online e de graça, a partir do site do festival, só clicar aqui.
Muitos dos longas em competição eu já assisti e depois vou fazer um post com uma lista especial.
Hoje vou falar de um dos filmes brasileiro, 7 Minutos, de Ricky Mastro.
O filme foi rodado em Toulouse, na França e conta a história de Jean, um cinquentão, no ocaso da vida, que depois da morte do seu filho, 7 minutos depois da morte do namorado, ambos por overdose durante o sexo.
Ele resolve entender a coisa do chemsex, o uso meio que indiscriminado de drogas durante o sexo, prático muito comum no mundo gay.
(pelo menos me contaram)
Jean faz uma “descida ao inferno”, como diria Dante, para tentar senão reconquistar seu filho morto, pelo menos entender o que acontece em seu mundo que Jean não faz a menor ideia.
E olha que ele era um pai presente no namoro do filho e tudo mais.
Jean começa sua busca depois de encontrar 2 amigos do filho e ir ao Bisou, a boite gay que vai fazer uma homenagem ao casal morto.
Lá ele se envolve com um dos donos, Fabien, dizendo ser um escritor querendo contar a história do clube gay e aos poucos vai entendendo, mais até do que esperava, onde e como seu filho vivia.
Como tenho falado por aqui ultimamente, os filmes gays estão cada vez mais “normais”, no sentido de que 7 Minutos, ou Rialto, ou Minyan serem dramas que passariam por festivais pelo mundo, se quisessem, sem o selo “gay”.
Não que os filmes não sejam gays, são gayzérrimos e bichérrimos, no melhor sentido, mas suas histórias são universais.
7 Minutos então ainda tem uma perspectiva bem interessante: é um filme sobre uma busca onde uma das personagens principais é uma boite gay, a noite gay, as madrugadas de drogas e música eletrônica e mesmo assim é um filme solar, que se passa quase que totalmente durante o dia, apesar de cenas na madrugada da boite.
Isso dá ao filme uma cara não só inesperada mas também mostra que seu roteirista e diretor Ricky Mastro enxerga o cinema por uma ótica muito particular, causando uma surpresa boa não só com suas personagens interessantes mas também com seu método de filmar e de como contar sua história.
NOTA: 1/2