Se você, como eu, é um fã do maior cineasta de todos (oi?) Stanley Kubrick, Kubrick Por Kubrick não tem novidade nenhuma.
O documentário em cartaz na programação da Mostra de São Paulo é baseado em entrevistas e declarações de Kubrick sobre sua obra toda, seu filmes, sua filosofia e de como pensa a vida também fora do cinema.
Nada novo, tudo já visto e ouvido anteriormente, entrevistas que existem no Youtube, em livros, em artigos.
Mas a grande coisa do documentário é ouvir o diretor falando e contextualizar suas falas com imagens, páginas de roteiros, falas de seus colaboradores, atores, atrizes, diretores de fotografia e assim por diante.
Kubrick Por Kubrick é mais que um documentário, é um documento mostrando o gênio do diretor e confirmando o quanto ele era insuportável, como quase todo mundo diz e se não diz, deixa bem claro durante o filme.
Daí a pergunta que sempre me vem a cabeça: o gênio sempre tem que ser uma pessoa insuportável?
Existe ou existiu alguma pessoa genial, algum diretor de cinema maravilhoso que fosse bacana, simpática, gente boa?
Em um momento do filme Kubrick repete Milton, em O Paraíso Perdido: “é melhor reinar no inferno que servir no céu”.
Mesmo assim ou por isso mesmo, Kubrick Por Kubrick é obrigatório, um filme que lava a alma porque ouvir o que pensa alguém do nível de Stanley é necessário para o nosso próprio crescimento.
NOTA: 1/2