The Trip to Greece parece ser o último filme da série de viagens que o diretor inglês (e muso do blog) Michael Winterbottom realiza com seu ator fetiche Steve Coogan (também um dos nossos preferidos).
O problema desses filmes pra mim são a linha tênue entre ficção e realidade que é totalmente ultrapassada, cortada, pisoteada e jogada para escanteio.
Este filme em especial me irritou muito porque a carga dramática e emocional é elevada à enésima potência.
Apesar de saber que é tudo ficção, Coogan e seu companheiro de viagem Rob Brydon fazem os papéis deles mesmos, o que embaralha toda nossa percepção.
Enquanto essa série de filmes, que já passou pela Itália, Espanha e termina na Grécia foca nos papos em torno de restaurantes, comidas típicas e visitas a lugares históricos eu acho que funciona bem, nem como cinema, mas como uma série bacaninha da Netflix, por exemplo.
O problema é o que rola entre um restaurante e outro, o lado fictício, que existe exatamente para tirar a cara de série de canal a cabo sobre comida.
Um lado do meu ser cinéfilo quer gostar muito da ideia, mas um outro lado me faz quase odiar esses filmes, tanto que não tinha falado de nenhum deles por aqui antes.
Mas como The Trip to Greece é o último deles (assim espero), quero deixar registrada essa dicotomia radical de amo ou odeie dos filmes.
Amo o Winterbottom, nem tanto essas viagens.
NOTA: