Atom Egoyan é um dos diretores mais interessantes vindos do Canadá.
Quando ele acerta nos proporciona lindezas como Exotica e O Doce Amanhã (meu preferido dele).
O problema é que ele mais erra que acerta, como em sua última porcaria lançada.
Convidado de Honra é tão estranho que até o último momento eu fiquei torcendo para ter uma surpresa que me fizesse mudar de ideia por estar achando o filme tão porcaria.
E olha que ele colocou David Thewlis, um dos atores ingleses mais competentes para estrelar o filme.
Só que o roteiro cheio de historinhas de poucos personagens, que no final das contas são todas relevantes, não ajuda nada para que o filme seja pelo menos interessante.
Thewlis é Jim, um agente de segurança sanitária com uma vida bem bosta (de rato) porque o que ele sempre quis foi ter uma vida bacana sendo dono de restaurante.
Mas ele acabou sendo o cara que coloca cocô de rato em restaurantes bacanas.
Só pra ter o que fazer e mostrar que burocrata com pequenos poderes são as piores pessoas que existem.
Bom, ele tem uma filha, Veronica, que se mete em uma enrascada tão idiota e que, por ela ser uma grande idiota, acaba tomando decisões mais idiotas ainda, o que acaba com a sanidade de seu pai.
E me desculpem a hipérbole, mas é que idiota cabe perfeitamente ao enredo pobre (e idiota) do filme.
A única coisa boa do filme é que o roteiro não tem pontas soltas, tudo se resolve.
Estupidamente, mas se resolve.
Infelizmente isso está longe de ser suficiente para que o filme seja razoavelmente bom.
NOTA: