The Wretched teria sido um puta horror se tivesse sido lançado lá por 1989.
Uma história de bruxa, ou de mal que vem da floresta, e de possessão que acontece nas férias de verão em uma comunidadezinha à beira de um rio idílico, cheio de crianças inocentes e adolescentes cheios de hormônios errados.
O filme tem todos os elementos certos: um personagem principal esperto ao ponto de não se deixar abater facilmente e lindinho o suficiente para simpatizarmos incondicionalmente (John-Paul Howard); uma comunidade pequena e estúpida; uma família totalmente disfuncional; vizinhos estranhos; uma floresta na redondeza; uma garota que só não é par romântico porque também está mais preocupada com o que está acontecendo a sua volta.
O problema de The Wretched foi querer complicar o roteiro, colocar muita informação inútil, tipo o herói ter 17 anos e ter sido preso roubando drogas da casa do ex vizinho.
Ou por exemplo ter problematizado demais os motivos que fazem seus pais não morarem mais juntos.
A lista é longa, na verdade, o que tira muito tempo do que poderia ser um monte de desgraça cometida pela bruxa desgraçada.
Ou assim pensamos que seja a força vinda do meio do mato.
O segredo, na minha opinião, para se divertir com The Wretched, é assití-lo como se fosse um horror bacana lá dos anos 1980/90, com todas as suas ingenuidades só que no caso, também com uns detalhes que só poderiam existir nos nossos anos 2020, principalmente no roteiro.
Resgata-se a ingenuidade e ganha-se em diversão.
NOTA: