O Imperador de Paris é daqueles filmes que se não fossem bons, indicaria só pela direção de arte, locações e figurinos.
O filme se passa no início dos anos 1800 em Paris, quando Napoleão Bonaparte é o Imperador da França.
Napoleão, aliás, que faz uma aparição toda especial no filme.
François Vidocq, um pilantra, ladrão, escroque fugido da polícia, reaparece em Paris com outro nome mas logo é reconhecido e acusado de novo de todos os crimes que cometeu.
Ele faz um acordo com o prefeito da cidade de que traria presos os verdadeiros autores de tais crimes.
Feito isso, tenta outro acordo com o prefeito de que tiraria das ruas todos os bandidos que a polícia não conseguisse, ou não quisesse, prender, criando assim uma milícia.
Olha só que coincidência um filme desses para os nossos dias de hoje.
Aos poucos, a milícia de Vidocq vai crescendo e ele vai se tornando cada vez mais temido pela cidade. Temido e odiado, pelos bandidos que persegue e que sabem que estarão em sua mira mas também pelos delegados que aos poucos vão perdendo prestígio e poder.
O que transforma a vida de Vidocq em um inferno, deixando sua mulher em total perigo o tempo inteiro.
O filme que em princípio seria um drama de época é na verdade um policial cheio de perseguições e conluios e conchavos, dignos dos melhores filmões hollywodianos, graças ao talentoso diretor Jean-François Richet e principalmente ao nosso muso Vincent Cassel.
O Imperador de Paris é dos ótimos filmes para se divertir e também pensar, diferente daqueles que assistimos com o celular na mão navegando pelo twitter.
Lindo, bem escrito, bem realizado, o filme está no Looke e no Telecine.
NOTA: 1/2