Esteticamente, Waves é de chorar de lindo.
Parece um episódio mais punk e mais lindo ainda de Euphoria.
Musicalmente, Waves tem a melhor trilha da temporada, que vai de Frank Ocean e Animal Collective, passando por Tame Impala à música original do Trent Reznor com o Atticus Ross.
A história é boa que vira uma lindeza com um roteiro perfeito que se passa numa cidadezinha linda da Florida onde uma família sofre as consequências de um pai autoritário e escrotinho que manda e desmanda e que só percebe muito tarde o quanto seu machismo tóxico é fatal.
O filme é dirigido pelo ótimo Trey Edward Shults, de Krisha e Ao Cair da Noite, dois filmões que desembocaram nessa obra prima que é Waves.
O filme não só é bem escrito, muito bem dirigido, com uma trilha absurda, mas tem um elenco perfeito que vai dando showzinhos em sequências lindamente trágicas.
O que poderia ser uma demonstração exacerbada de ego de diretor, que a gente tanto odeia, na verdade é uma aula de como um diretor super talentoso usa o que sabe em pró da história e não de seu instagram.
Shults é aquele diretor que sabe posicionar a câmera, sabe usar seus movimentos, nada é por acaso e tudo tem uma função no contar da história.
Waves é um filme que levanta a bandeira da família, de como sobreviver a parente nocivo, de sobreviver a escolhas erradas.
NOTA: 
1/2
