Pig Hag é uma nova definição tosca para mulheres.
Já conhecia as fag hags, que são as mulheres heterossexuais que só andam com amigos gays, enturmadas o quanto puderem e se bobear, acabam ficando com as bichas.
Pig hag, segunda este filme, é a mulher que só anda com homem podre, lixo, os pigs (porcos).
Jodie é a pig hag do título, uma mulher solteira de 39 anos, recém chegada a Los Angeles, enfermeira que trabalha em uma clínica de idosos.
Seu únicos amigos na cidade nova são os gays, claro, com quem ela sai e se diverte um monte. E só.
Ela quer namorar, quer transar. Mas só se envolve com homem lixo.
No começo do filme ela está numa treta pesada por whatsapp com um cara com quem ela não saiu e que por isso fica acabando com ela o tempo todo, chamando-s de gorda escrota, mal amada pra baixo.
Jodie lida até que bem com essa situação pois, ao que parece, já deve estar acostumada com esse tipo de insulto. E esse tipo de vida que leva faz com que ela seja uma chata, reclamona demais, alguém com o pé atrás.
Um dia ela vai para um show do Guns and Roses em outra cidade e lá encontra um cara que também foi sozinho e por acaso ficou no mesmo hotelzinho que ela.
Depois do show eles vão beber juntos na piscina e logo estão se pegando.
Pig Hag é um desses indies que deve ter sido filmado depois que os diretores assistiram Tangerine e se ligaram que ter um iphone com memória seria o suficiente pra contar sua história.
Eles só não perceberam que Tangerine tinha um belo de um roteiro e um belo par de protagonistas.
Pig Hag tem um roteiro bem fraquinho, um elenco até que ok mas personagens que beiram as piores caricaturas.
E o pior de tudo: Pig Hag tem a pior edição do ano.
Os diretores devem ter perdido a primeira aula de montagem na faculdade de cinema onde a gente aprende que não se deve (ou melhor, não pode) fazer flash back de cenas que já foram resolvidas. Não tem porquê.
Se você está contando uma historinha por exemplo dela na piscina com o cara depois do show e corta para dias depois ela em casa com as bichas reclamando do cara da piscina, você não volta para a continuação da cena da piscina a menos que tenha uma reviravolta de roteiro bizarra.
O que não é o caso.
Pig Hag está cheio desses pulos no tempo, pra frente e pra trás, nenhum deles com propósito e efeito concreto. Na verdade, mais irritam que qualquer coisa. Os diretores acharam que isso poderia ser um tipo de linguagem e erraram feio, o que quase me fez parar de assistir o filme.
Eu insisti e Pig Hag termina com uma das sequências mais estranhas possíveis, que poderia ser muito boa se o filme perdesse um tempinho em se aprofundar nos sofrimentos da alma de sua personagem principal.
Oportunidade perdida.
NOTA: 1/2