Quando eu comecei assistir Meu Bolo Favorito eu achei que tinha lido errado que este seria um filme iraniano.
Esse é um tipo de surpresa que eu amo, assistir um filme que dribla as expectativas e entrega muito, ainda por cima.
O filme conta a história de Mahin, uma mulher de seus 50 e tantos anos de idade, viúva, com filha e neta, que leva uma vida bem sem graça, com encontros com suas amigas, nada emocionante até que ela um dia abre os olhos quando uma amiga lhe diz que ela deveria conhecer um homem e se casar de novo.
Mahin fica com isso na cabeça e por acaso, ou nada é por acaso, um dia em um café, ouve uma conversa de motoristas de taxi na mesa ao lado onde um deles fala que é viúvo, não tem quem cozinhe pra ele, é triste e mais um monte.
Mahin, toda serelepe, descobre quem é o solitário, vai atrás dele e consegue convencê-lo a ir até sua casa, já que ambos estão no mesmo patamar de vida.
E o que acontece na noite mágica na casa de Mahin é uma das maiores surpresas cinematográficas do ano.
O casal (da vida real) de diretores Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha não só entrega um roteiro incrível mas com sua inteligência na direção de elenco, criou 2 das personagens mais icônicas do ano na melhor comédia romântica não só de 2024, mas dos últimos tempos por sua sutileza e por sua ousadia, adjetivo quase nunca ligado a um filme “fofo” como O Meu Bolo Favorito.
NOTA: 1/2