Passado com o final sem vergonha, sem concessão1
O mexicano Párvulos, Hijos Del Apocalipsis é um dos 3 melhores filmes do @FantasiaFest que vi até agora, junto de The G e sobre o terceiro vou postar amanhã, aguarde.
Párvulo é a criança pequena mas neste filme de desgraceira pósapocalíptica, párvulo pode até ser considerada a criança mais velha, os adultos, quem quer que seja porque viver numa Terra, escondido de zumbis “inteligentes”, todo mundo precisa aprender, ou no caso reaprender, o tempo todo.
O filme é basicamente isso, 3 irmãos vivendo em sua casa no meio de uma floresta, escondidos dos zumbis e principalmente de outros sobreviventes do apocalipse atrás de comida, abrigo, proteção. Gente que quando encontra qualquer um desses, não pensa duas vezes em chegar às últimas consequências para sobreviver.
Nada diferente do que já vimos em outros filmes, certo?
A diferença aqui é que os zumbis são meio conscientes e meio inteligentes, não perderam totalmente sua humanidade, digamos assim.
Em um planeta estéril, os 3 irmãos caçam qualquer tipo de animais, colhem qualquer tipo de verdes que encontram, para comerem. Ah, também para alimentarem seu pai e sua mãe zumbis, que estão presos atrás de grades no porão da casa.
Ratos, insetos e o que mais aparecer eles entregam para os zumbis que tanto amam, através de grades, de longe, com medo, meio que um João e Maria às avessas.
Eles querem que os pais não morram mas também querem que os pais não os comam e quando eles descobrem que se derem carne humana aos zumbis, eles melhoram muito, podendo até interagirem quase que totalmente com os filhos.
Já imaginou o que acontece dali pra frente?
Eu achei que sim, enquanto assistia o filme, mas o diretor Isaac Ezban faz em Párvulos um filme sem concessões, escrito para um público que não se contenta com o óbvio.
Párvulos é um filme claustrofóbico, bem desgraçado que ainda piora quando entra uma turma de “crentes” bem do mal atrás das crianças e de suas posses, claro, e o diretor Ezban entra com os 2 pés no nosso peito, com o final mais desolador e perfeito possível.
NOTA: