Precisamos falar sobre Rebel Wilson.
Ela, como a Amy Schumer, são comediantes que eu gosto pra caramba quando as vejo em entrevistas ou fazendo stand up.
Rio muito com o poder delas, com a destreza de texto e de como elas entregam o texto.
Mas é só colocá-las em um filme que vai tudo por água abaixo.
Eu realmente queria entender se elas não são mesmo atrizes e são apenas comediantes de palco, de stand up e por isso elas não funcionam em filmes ou se elas só escolhem filmes muito, mas muito ruins para atuarem.
Esse era o paradoxo que eu achava que existia até que eu assisti The Humans, um dramão bacana onde quem aparece muito é a coadjuvante Amy Schumer.
Quer dizer, elas são atrizes boas se bem dirigidas com o texto certo.
Apesar de todos os pesares, eu continuo assistindo os filmes da Rebel Wilson e essa porcaria lançada na Netflix, De Volta Ao Baile, me fez repensar o quanto devo perder meu tempo.
O filme conta a história de uma cheerleader que, poucos dias antes da festa de fim de ano onde ela seria coroada rainha da escola, ela é sabotada por sua concorrente de uma forma escrotíssima (que se perde pelo filme), sofre um acidente e fica em coma por 20 anos.
Até que ela acorda.
E acorda a Rebel Wilson, com 37 anos de idade e cabeça de 17 achando que amanhã vai ser o baile.
Quando ela descobre a real, ela resolve voltar pra escola (oi) dias antes do final das aulas para ser então coroada rainha do baile (oi2).
A diretora da escola 20 anos depois era a melhor amiga da personagem da Rebel que não s´ø permite que ela volte às aulas, no meio de uma molecada de 16, 17 anos como ela também está pegando o pai da Rebel.
De Volta ao Baile tem um dos piores roteiros escritos nos últimos anos para comédias bobas e a Rebel Wilson, a careteira, a Didi Mocó australiana, a rainha da comédia física, tem 2, no máximo 3 chances em quase 2 horas, de mostrar a que veio.
Nada no filme vale a pena, nem as piadas sobre o tal do politicamente correto atual que perdem sua validade nesse roteiro porcaria.
Já disse que o filme, além de tudo, é mal dirigido?
O inglês Alex Hardcastle deve ter sido o único que topou a empreitada, devia querer comprar uma casa nova ou devia estar cheio de boletos atrasados.
Ele só não avisou o povo que era bem incompetente, tadinho.
Os erros de lógica cinematográfica no filme são infindos.
As escolhas de fotografia e principalmente de decupagem são a prova de que se você quiser dirigir uma comédia no cinema, o máximo que você precisa é ter feito uma escola de cinema? Ou ter amigos produtores influentes? Ou dar risada das piadas horrorosas da atriz que vai te contratar?
#alertaporcaria
NOTA: