A Different Man, Um Homem Diferente, é um indie interessante que vem causando comoção por onde passa. Inclusive esteve no Mostra de SP com sessões esgotadas.
Talvez o chamariz tenha sido o ótimo Sebastian Stan, talvez tenha sido o selo A24, mas esse é mais um dos filmes da queridinha americana que não funcionou pra mim.
O drama do diretor Aaron Schimberg conta a história de um ator com neurofibromatose, uma condição que no caso transformou seu rosto radicalmente.
Tudo o que ele mais quer é ter um rosto “normal” para poder viver papeis normais e não ser só chamado para “monstros”, como ele diz.
Pra isso ele participa de testes e experiências com um médico que promete curá-lo totalmente, ao mesmo tempo que se envolve com sua vizinha, uma escritora que o vê como um amigo fofo e nada mais.
Assim que dá certo o tratamento, Edward de cara nova, resolve ter uma vida nova total, mudando de nome e esquecendo seu antigo eu, conseguindo finalmente passar despercebido pela rua e fazer testes para os tais papeis normais que ele tanto queria.
Mas ele é escolhido por uma diretora bem “pitoresca” (a ótima Renate Reinsve chegando nos EUA) para viver um personagem exatamente com neurofibromatose, ao que Edward usa uma máscara de seu antigo rosto e só fazendo “sucesso”, no palco e na cama, tudo o que ele não queria.
Assim, nesse vai e vem de personalidades, eu me perdi na intenção do diretor Schimberg em sua história: ele queria desconstruir a neurofibromatose com o personagem do Stan ou ele queria inventar uma fábula sobre a inconformidade física ou ele queria o que ao final trazendo Adam Pearson, ator amigo do diretor que realmente tem neurofibromatose?
NOTA: