Okie é um drama tão tenso que quase vira um thriller onde nada acontece.
Como thriller, eu quero dizer.
O filme conta a história de Louie, um escritor muito bem sucedido que volta a sua cidadezinha natal no meio do nada, depois da morte do seu pai.
Quando encontra seu melhor amigo de infância, o açougueiro Travis, Louie resolve ficar um dia a mais, que acaba virando outros vários, para dar um rolê e encontrar mais gente que ele não via há muitos anos.
Inclusive sua ex namorada Lainey, que acaba formando um trio parada dura com os outros dois e vivem uns momentos onde eles parecem adolescentes de tão bobos e divertidos só que com consciência e preocupações de adultos fudidos.
Aí é que está o segredo de Okie.
O filme parece uma montanha russa de emoções de seus personagens, indo do amor ao ódio em uma palavra errada, um olhar torto.
Louie principalmente não sabe se “pode” se divertir com esse passado que ele não só não esqueceu mas como ele usa como inspiração para seus livros, que acabaram de ser vendidos para Hollywood.
Seus antigos vizinhos e conhecidos estão felizes de encontrar o escritor famoso e principalmente agradecer por se verem nos livros, mesmo que não da forma como gostariam. Um amigo antigo de Louie até pede para que ele não mate seus pais, que já morreram na vida real, para ele acompanhar as novas histórias de seus progenitores.
Claro que muita merda acontece, algumas propositais que a gente pode relevar e outras sem querer, que a gente odeia. Sim, deveria ser o contrário mas não é.
O buraco de Okie é sempre mais embaixo, como nos mostra sua diretora Kate Cobb, que faz a Laine no filme, e pelo roteirista Kevin Bigley, que faz o amigo Travis.
Pérola muito bem produzida, fotografada e principalmente bem dirigida.
NOTA: