Hoard é uma surpresa das melhores.
O filme é um indiezão inglês, estreia na direção de Luna Carmoon, diretora que já ganhou um fã número 1 por aqui.
A história é muito boa, contada em um roteiro muito bem escrito sobre Maria, uma garota que lá nos anos 1990 vive em uma casa de família temporária há anos, desde que sua mãe, a acumuladora do título, morreu, claro, soterrada em casa.
Quando criança, Maria vivia em um mundo quase que surreal, muito fantasioso mesmo, criado por sua mãe, Cynthia, que queria o melhor para a filha mesmo que esse melhor fosse além do que a menina queria para si.
Mesmo adorando as pirações todas, Maria diz que preferiria viver uma vida normal. Ninguém está satisfeito nunca, não é mesmo?!
O filme tem momentos bem estranhos, quase experimentais, com sequências que parecem vindas de filmes meio antigos e por vezes meio datados demais. O que me incomodou um pouco no momento mas que no final das contas eram bem pertinentes ao filme e à estética da diretora.
E essas sequências mais malucas acabam servindo como um guia para o romance do filme, entre Maria e um outro jovem que também morou na mesma casa onde ela mora agora, outro jovem sem família e cheio de amor para dar.
O elenco é incrível, Maria é vivida lindamente pela jovem e promissora Saura Lightfoot Leon e Michael, vivido pelo também ótimo Joseph Quinn, no melhor papel de sua carreira.
O casal é lindo e louco, violento num nível que incomoda muito mas que acaba funcionando muito por todo o enredo e principalmente pela filosofia da diretora e de seu ótimo filme.
NOTA: 1