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  • Data de Criação 4 de dezembro de 2019

Paulo de Tarso Coutinho Viana de Souza

Resumo: Este artigo procura mostrar como o inferno, ao contrário do que se pensa, não desapareceu, mas continua sendo representando por roteiristas, diretores de cinema, desenhista de quadrinhos e game designers. Sua representação mudou, o infernou deixou de ser algo para onde se vai e passou a ser o lugar onde se está. Ele não é mais lá, mas aqui, e carrega toda carga simbólica de se estar aqui. Não é o fogo constante, mas os desastres do mundo moderno que alimentam o inferno. Desordem genética, poluição, sujeira, escuridão fazem parte desse inferno agora. Como exemplo, utilizamos Blade Runner, filme de Ridley Scott, de 1982, para demonstrar como esse inferno está sendo reconstruído a cada dia por novos atores e autores. Procuramos demonstrar que esses novos intérpretes não abandonaram a noção de inferno, mas a atualizaram e a trouxeram para os nossos dias, nos inserindo num inferno que todos esperam evitar no pós-morte.
Palavras-chave: inferno, Blade Runner, Dante Alighieri