Não tem jeito, eu sou muito cadelinha do Ridley Scott. Adorei Napoleão e não seria diferente com este novo capítulo da saga Gladiador.
Além de amar Ridley, eu amo um filmão romano, com corrida de bigas ou neste caso, com muito combate num Coliseu lindo e multi uso.
Só não gostei mais deste filme porque a história é muito parecida com a do primeiro filme, mas adorei porque ela é contada de uma maneira mais rápida, já que a gente já sabe o que acontecia com aprisionados que viravam gladiadores.
Eu tive a sorte de assistir o filme com minha amiga Ohana que é bem fã do primeiro Gladiador. Outra sorte foi do cinema nnao estar tão cheio e ela poder me contar tudo o que víamos no filme em referência ao primeiro filme, principalmente as árvores genealógicas das personagens, o que deixou tudo mais interessante, já que eu não tinha revisto o anterior.
Gladiador II conta a história do jovem Lucius (Paul Mescal quase fortinho sendo um Paul Mescal com sangue nos olhos), o real Rei de Roma que é mandado embora de Roma para não ser morto.
Só que ele volta aprisionado, comprado por um treinador de dragões, ops, de gladiadores (Denzel Washington sendo Denzel, até com os tiques de boca e de olhares que chega, né, vamos voltar a atuar) e levado para as catacumbas do Coliseu para ser treinado e fazer valer o investimento e dar muito dinheiro ao seu proprietário.
Aos poucos todo mundo vai descobrindo quem é o novo herói do Circo Máximo, inclusive sua mãe (a diva Connie Nielsen, mais linda que nunca), que percebe na hora como ele faz como seu pai fazia para matar suas presas, ops, seus opositores, todos muito maiores que ele, inclusive um rinoceronte lindo e bem bravo.
O que me deixou de quatro foi a direção de arte de Gladiador II, principalmente o figurino, absolutamente bem pensado e confeccionado. Todo mundo muito bem vestido, e quanto mais rico o personagem, mais branca e mais dourada a roupa, o que deixa tudo mais lindo ainda.
A direção de Ridley Scott só melhora com o tempo. Eu sempre falo aqui que não acho que hoje em dia tenha um diretor de filmes de ação gigantescos que seja melhor que o inglês.
Ridley é perfeito em cenas de batalha de exércitos à cavalo, em lutas e brigas no Coliseu, de gladiadores entre si, de gladiadores contra exército e a sequência mais linda de todas, o centro de batalhas do Coliseu cheio de água em uma batalha de navio de gladiadores contra navio da marinha em si.
E a água do Coliseu é cheia de tubarões, o que dá um sabor a mais a desgraceira toda.
Ridley Scott filma como Kurosawa, como bem lembrou a Ohana, mas também filma como esses diretores novos de horror moderno com coroas de flores e cenários lânguidos para que desgraças pesadas possam sujar de sangue o bucólico que é nos jogado na cara.
Gladiador II não é o filme para os principais prêmios do Oscar mas com certeza vai ser lembrado em uma ou outra categoria, porque seus atributos são enormes, apesar da falta de um roteiro mais original e cativante.
E que esses 2 adjetivos sejam muito lembrados quando forem fazer a sequência deste filme (tomara que façam) porque senão seria uma grande perda de oportunidade.
NOTA: