As últimas mulheres do mar são as coreanas “haenyeos”, mulheres que trabalham mergulhando “sem equipamento” para “colher” comida do mar para suas comunidades.
O mergulhar sem equipamento é uma forma de preservação da flora marinha porque o máximo que essas mulheres ficam debaixo d’água é cerca de 2 minutos.
E como colhem tudo quase só com as mãos, nada entra em escassez, sendo uma das práticas de pesca mais seguras possíveis, ecologicamente falando.
Ser uma “haenyeo” não é fácil, não seduzindo novas mulheres a continuarem a tradição.
Mas as poucas que se aventuram acabam virando sensação no tiktok, inclusive, o que é muito pitoresco já que os extremos são típicos das haenyeos, ou elas são muito velhas mesmo, trabalhando há décadas ou elas são as muito jovens que se aventuram tentando uma nova profissão.
Isso tudo é lindo, conhecemos algo bem específico de uma região específica de um país específico, que parece ser só mais alguma curiosidade que talvez tenha aparecido por causa dessas jovens do Tiktok.
Infelizmente as haenyeos viraram notícia por um problema absurdo que ela vem passando ultimamente.
O Japão resolveu despejar no oceano a água contaminada do acidente atômico de Fukushima. E a água vai direto para a costa da Coréia do Sul, onde vivem e trabalham as haenyeos.
O filme nos mostra o que elas estão fazendo para tentar reverter essa decisão do governo japonês, inclusive indo até a ONU explicando essa situação desesperadora.
As Últimas Mulheres do Mar está na AppleTV e eu garanto, é uma nova forma de contar uma história tão séria e preocupante com consequências gravíssimas que podem mudar o curso dos nossos oceanos.
NOTA: