Quanto mais o tempo passa e mais velho eu me torno, mais eu fico com o pé atrás sobre histórias “espertas” de filmes novos.
Quando li que estavam fazendo um filme sobre o meu programa de humor preferido dos EUA, o Saturday Night Live, eu pensei que nunca assistiria tal monstruosidade.
Claro que não me liguei que o filme era do Jason Reitman e que Saturday Night – A Noite que Mudou a Comédia tinha uma ideia incrível, que era mostrar as 2 últimas horas antes do primeiro episódio de programa ir ao ar.
E o resultado é maravilhoso.
Começa com a forma do filme que foi feito como se fosse um documentário do que estava acontecendo exatos 50 anos atrás, acompanhando toda o nervosismo do jovem Lorne Michaels que teve carta branca para colocar no ar um programa de humor onde ele não tinha nem roteiro, nem ideia exata do que estava fazendo, já que ele tinha material para umas 5 horas de programa.
Só que Saturday Night Live tinha só 1 hora e meia de programa e pior, ou melhor, ia ao ar ao vivo. E não aquele ao vivo gravado que vai ao ar alguns minutos depois pra ter certeza que nenhum absurdo vai ser televisionado, típico do medo americano.
SNL ia e vai ao ar ao vivaço e cruzem os dedos e apertem os cintos.
Reitman escreveu um roteiro preciso, enxuto, apesar do seu maximalismo, que deixou claro pra mim que repetir a mesma ideia por 50 anos, não só funciona mas ainda é meio que revolucionária filosoficamente falando.
Os personagens, o conteúdo, o rodízio do elenco e dos autores são o segredo de SNL mas aqui a gente confirma que se não fosse o pulso de Lorne Michaels desde o dia 1, nada teria acontecido. Literalmente.
NOTA: