A Garota da Vez é a estreia na direção de Anna Kendrick, a pequena estrela de… A Escolha Perfeita.
Pensei eu: bom, uma atriz mediana, para não dizer medíocre que é feio, vai ver que é boa diretora.
Ruim ela não é, mas tá longe ainda de ser boa. No máximo ela é bem esforçada e tem nome grande o suficiente para conseguir dinheiro para fazer um filme sobre uma das histórias mais interessantes, a do serial killer que nos anos 1970 participou de um programa de namoro na tv.
Kendrick é Sheryl, uma atriz tentando carreira em Hollywood e sem conseguir nada, aceita participar do tal programa de namoro.
Só que ao que parece ela é mais que uma atriz mas também uma exímia sabedora de filosofia, que fica bem irritada com as perguntas que ela deve fazer aos concorrentes ao seu coração, sem que ela os veja ou eles a vejam.
A parede de açúcar a separa de um bonitão tonto, de um cafajeste e de Rodney Alcala, um serial killer inteligentíssimo que consegue chegar ao coração de Sheryl. Mas enquanto ela não se anima com o fim de semana que passará com alguém, ele já está planejando como vai levá-la pras montanhas com a desculpa de fotografá-la para de lá ela não voltar e ainda ganhar um corte de orelha a orelha.
O bizarro da história do Assassino do Jogo do Namoro é grande demais para esse filminho papai e mamãe.
Pior: 2024 é o ano do melhor filme de desgraçado em programa de televisão da década de 1970, Entrevista com o Demônio.
Se bobear amobos os programas passavam na mesma emissora.
Mas o tanto que o filme da entrevista é doente, A Garota da Vez é fofo, pra compensar.
Não entendi mesmo a direção tomada por esse filme, suavizando o quanto puderam uma história de serial killer bem doente, o próprio e a história em si.
NOTA: