“Uma noite, um único plano sem cortes, um monte de zumbis.”
Esse poderia ser o sub-título de Mads.
Ou “se George Romero tivesse dirigido Corra Lola Corra”.
Sim, Mads é um filme de zumbis, de fim de mundo e todos nós fãs de horror queremos ideias novas para contar uma história que a gente não se cansa de ver e ouvir.
Mads é uma doideira francesa escrito e dirigido por David Moreau, roteirista do já clássico da desgraceira “Ils”.
Aqui ele conta essa história como a gente ainda não tinha visto, com zumbis com tiques de George Romero e direção “tipo” de Tom Tykwer, que se desenvolve em um plano sequência de 90 minutos, isto é, sem cortes, fazendo com que a experiência seja mais alucinante do que o normal, porque parece que literalmente estamos dentro da correria à frente e atrás de uns zumbis.
O primeiro deles, ou a primeira, caiu nno colo de Romain, um playboy que está saindo da casa de seu dealer, onde foi comprar e experimentar uma droga nova para se divertir com a namorada e os amigos nesta noite de seu aniversário.
Voltando para casa, ele pára o Mustang valiosíssimo de seu pai, que ele pegou escondido, para limpar uma sujeirinha quando uma mulher toda sangrando, com roupas de hospital. Romain tenta entender o que está acontecendo quando a mulher pega alguma coisa no carro e começa se furar, desejando morrer e lavando o carro e o aniversariante de sangue.
Numa das melhores sequências do filme, Romain chega em casa com a doida, vai se lavar, tenta lavar o carro, se apronta pra sair, mente para seu pai que não está em casa, tudo enquanto pensa o que fazer com a zumbi que pegou carona com ele.
Mas ele vai pra festa, leva as drogas, “carrega” o vírus e a desgraça cai sobre aquela turminha e sua redondeza.
Ah, claro, aparecem pessoas todas cobertas com uniformes pretos, 100% fechados, com armas pesadas, luzes fortes e esperança de conter o absurdo.
Claro que a direção de Moreau é espertíssima, muito bem ensaiada para não ter cortes mesmo mas para nossa sorte não parece um teatro filmado, não parece que tudo segue o roteiro à risca.
Mads parece até um filme improvisado de tão frenético que é, com um ritmo doido imposto pelo roteiro muito pra não nos deixar pensar muito e entrar nesse absurdo francês que impressiona do início ao fim.
NOTA: