Thelma, uma vovozinha de 93 anos, cai num golpe de celular onde dizem que ela precisa depositar 10 mil dólares pra tirar seu neto amado da cadeia. E claro, não pode avisar ninguém e deve mandar o dinheiro em espécie para uma caixa postal.
Loga ela descobre que foi enrolada e pior, que perdeu todas suas economias.
Com vergonha e ódio, ela resolve ir atrás das poucas pistas que tem pra resolver a parada e reaver seu dinheiro.
As pistas não, A pista, o número da caixa postal.
Mas sua família, e principalmente seu neto (o ótimo e cada vez mais estranho Fred Hechinger), pedem que ela deixe tudo como está, que o problema aconteceu e que poderia ter sido bem pior.
Mas Thelma (a maravilhosa June Squibb) não se dá por satisfeita, pede ajuda de um grande amigo (Richard Roundtree, em seu derradeiro filme) que está internado em uma casa para idosos e os 2 juntos saem pela cidade com uma daquelas motinhos motorizadas para idosos.
Tudo isso num clima de comédia bem leve e um toque grande de melancolia da própria personagem e outro também de uma tristeza que vai aumentado enquanto rimos da saga de Thelma, sua motinho e seu escudeiro.
Eu me senti muito na pele do neto, com as mãos atadas tentando ajudar a avó e ainda sentindo culpa pelo que está acontecendo com ela.
O diretor Josh Margolin cria uma personagem incrível eme Thelma, uma mulher forte, astuta, amorosa e absolutamente apaixonante.
Seu filme cria climas tão díspares quanto os estados de nossa vovozinha querida.
Uma hora é fofura com o neto cheio de problemas, outra hora é de thriller, outra de drama e na maioria do tempo é uma comédia fofa.
Thelma é a personagem que não deixa nada por menos, nem ao descobrir que sua vida está cada vez mais indo para um caminho sem volta.
Só que em seu caminho, quem resolve as voltas é ela mesma, para o nosso deleite.
NOTA: