Fazia muito tempo e eu não sabia, que eu queria assistir um #alertafilmão de horror caro, com orçamento de muitas dezenas de milhões de dólares e só cheguei a essa conclusão depois de assistir Alien Romulus, o novo capítulo na maior saga de horror do cinema.
O filme se passa logo depois do primeiro Alien (o de 1979 dirigido pelo genial e meu preferido Ridley Scott).
Desta vez o filme é escrito e dirigido pelo uruguaio Fede Álvarez que não só fez um filmaço mas encheu este novo Alien de homenagens e referências à saga, algumas que me fizeram gritar no cinema.
Fora os gritos de susto, porque era disse que eu sentia falta: todo papo furado de jump scacre ou não jump scare, o quanto o filme tem que ser contido pra ser cool ou não, Alien: Romulus é daqueles que a getne ama mesmo, vai assustando sem vergonha.
O filme é sobre um grupo de amigos desesperados para deixarem a lua onde moram e trabalham como escravos para empresa de colonização espacial. Eles descobrem que uma nave foi abandonada na atmosfera daquele lugar e nessa espaçonave abandonada tem o que eles precisam para colocarem em sua nave velha e viajarem por 9 anos, sob criogenia, para chegarem a um planeta bem distante onde eles possam viver vendo o sol.
O que eles não sabiam é que tal nave foi abandonada não por acaso, mas porque ela está habitada por um xenomorfos bem conhecidos por nós espectadores ávidos.
Álvarez fez um filme que poderia também ter sido lançado em 1979 ou como a sequência próxima que é do filme de 1979.
Nada em Alien: Romulus me fez pensar que não poderia ser feito antes de nossos dias. O filme não só tem a cara mas também um roteiro que poderia ter sido escrito lá atrás.
Mas a inteligência do filme é tamanha que seu diretor, com as bênção de Scott, fez um filme em 2024 superior a todos os filmes de ficção científica e horror “raiz” lançados nos últimos tempos que só poderia ter sido feito e lançado hoje porque o nível de detalhamento e de cuidado com a construção da história que algum tempo atrás poderia ter sido chamado de “filme de arte” perdido em uma produção “pobre”.
Ou exatamente o contrário.
Pra nossa sorte, hoje em dia essa ousadia toda é chamada de inteligência, de #alertafilmão e de aula de horror.
NOTA: 1/2