Como diz a Adrianne do título, “realidade é pra aqueles que não têm imaginação”.
Assistindo Adrianne & The Castle, a gente vê que imaginação é o que não faltava para a própria e nem para seu marido, o artista Alan St. George, que transformou sua casa no meio do nada americano em um castelo suntuoso, palco para os delírios do casal e agora para os nossos olhos.
O grande charme do documentário da diretora Shannon Walsh é o mesmo de um dos grandes filmes do ano, o também documentário As 4 Filhas de Olfa, onde atrizes e atores fazem os papeis das pessoas retratadas no filme para em princípio passarem pelas re-encenações dos fatos mais importantes.
Como lá, em Adrianne & The Castle, as atrizes se emocionam tanto com o que vão aprendendo, neste caso, sobre Adrianne, que tudo acaba tendo significados muito próprios.
Para a nossa sorte, o filme agora passa pelo meu preferido Fantasia Festival, @fantasiafest, e as possibilidades dele ficar disponível para você assistir aumentam muito.
O amor entre Adrianne e Alan é gigante, tanto que ambos tiveram que “abrir mão” de suas famílias, que foram absolutamente contra essa união e mesmo assim, construíram uma história linda, peculiar e que tocou o meu coração de uma forma muito inesperada.
Ver o que Alan fez por Adrianne, acreditando em seu talento artístico, de diva mesmo, é a prova de amor máxima.
Ver o castelo que restou desse amor, que hoje representa a eternidade de sentimentos entre o casal, me fez pensar que essa é uma versão camp do Taj Mahal, que se a gente pensar bem, é uma representação bem camp de um super amor, só que lá construído com a maior opulência possível e aqui com a maior imaginação possível.
Lindo demais. O amor e o filme.
NOTA: