Ulzii é um adolescente orgulhoso que leva uma vida humilde com a família. Extremamente inteligente, ele sonha em vencer uma competição de física para ganhar uma bolsa de estudos. Mas os planos do garoto mudam quando sua mãe decide aceitar um emprego no interior e o deixa cuidando dos irmãos em meio a um rigoroso inverno. Agora, Ulzii precisa encontrar um trabalho para sustentar a família e manter a casa aquecida.
Eu AMO a Mongólia e amo o cinema vindo de lá.
Se Eu Pudesse Apenas Hibernar é um drama “disgramado” de bom sobre Ulzii, um adolescente pobrinho, humilde demais que tem um sonho gigante: vencer uma competição de Física para estudar em Harvard. Ou em Cambridge.
Tudo vai indo relativamente bem na escola, com seu foco na competição, com suas habilidades incríveis até que sua mãe aceita um emprego no interior e deixa o adolescente sozinho em casa com seus irmãos pequenos.
E pior, ele fica “encarregado” de conseguir dinheiro para comida e principalmente para o aquecimento, já que o inverno rigoroso do país já chegou.
A virada de 180 graus na vida do nosso herói só não é mais drástica porque ele e seus irmãos são bem humorados mesmo na fome e no frio.
Só que Ulzii meio que larga tudo e se vira para conseguir seu sustento, iclusive se metendo com gente “que não presta”.
O título do filme é uma frase dita em casa quando o adolescente está com seus irmãos tentando pensar em maneiras de sobreviver ao frio e uma das maneiras foi essa: eles queriam poder hibernar e acordar já no calor.
O filme é de uma lindeza cruel única e me deixou com a mesma sensação das crianças, de querer hibernar quando os invernos da vida chegassem.
E o que poderia soar cafona ou abusivo acaba sendo uma lição do desespero do dia a dia, de como fazer para sobreviver.
E a diretora Zoljargal Purevdash joga direitinho na nossa cara esse desespero, essa crueldade disfarçada de vida, através de uma cinematografia poderosa e promissora.
NOTA: