Vamos de nepo baby essa semana.
E não necessariamente uma nepo baby super bem sucedida, o que talvez fosse pedir muito.
A diretora de Humane é Caitlin Cronenberg, filha do Deus David Cronenberg e irmão do mini divo Brandon Cronenberg.
Seria demais ter uma terceira super diretora nessa família tão cinematográfica? Não seria. Mas seria um sonho.
Caitlin é uma fotógrafa muito bacana e conceituada e Humane é sua estreia na direção de longas e olha, bateu na trave. Bem na trave. Mas sabe quando bater na trave significa sorte, porque era mais provável da bola ir pra fora?
O filme começa muito bem com um jantar onde Charles (Peter Gallagher com a mesma cara de sempre) convida todos os seus 4 filhos, adultos e não muito próximos, para um jantar importante, preparado por sua atual esposa, Dawn, uma chef renomada.
O mundo de Humane está passando por um período bem radical por causa da crise climática onde é necessário que pessoas de todas as famílias se ofereçam heroicamente, digamos assim, a morrerem por um bem maior que é a salvação da humanidade.
Charles e Dawn anunciam, ao fim do jantar, que eles resolveram morrer, o que inicia uma discussão bem acirrada entre os filhos tentando fazer o pai mudar essa ideia absurda ao que eles logo percebem que Dawn, a esposa, sumiu.
Ela na verdade deixou um bilhete deixando que tinha mudado de ideia e fugiu.
Toca a campainha e chega “o governo”para matar 2 pessoas da família York. Como uma das pessoas fugiu, os filhos lá presentes precisam decidir em 4 horas quem vai se sacrificar no lugar da esperta fugitiva.
E a treta começa.
Bom, quantas vezes a gente já viu esse filme? Várias, né?
Humane é só mais um desses, infelizmente.
É um suspense, claro, onde a gente vê as personagens saindo de suas fachadas e libertarem seus piores lados para se salvarem de uma morte anunciada mas não esperada.
Infelizmente Humane foi pelo lado mais óbvio desse tipo de história quando poderia ter sido um filme absolutamente caótico se a história acontecesse um pouco antes do que vemos ou se o foco do roteiro fosse outro.
As opções na verdade seriam várias mas Caitlin escolheu a pior de todas e a família Cronenberg com certeza vai ficar focada no David e no Brandon.
Aliás, isso me lembrou de quando Jennifer Lynch, filha do David, lançou aquela porcaria cult Empacotando Helena e depois do flop focou a carreira em dirigir episódios de séries de tv.
Fica a dica, Caitlin. Ou peça umas dicas aos seus próximos para o próximo.
NOTA: 1/2