Decepcionadíssimo com esse filme norueguês sobre a vida de Edvard Munch, talvez o artista de lá mesmo mais incrível de todos.
Guardadas as devidas proporções e diferenças, que são ridiculamente gigantescas, o filme me fez pensar em Eu Não Estou Aqui do Todd Haynes, o filme sobre o Dylan, lembra, onde a Cate Blanchet é um dos Dylan’s do filme?
Aqui a gente vê a vida atribulada de um artista em princípio interessante mas meio carente, depois sua vida de vícios, o quanto sua introdução à vida artística alemã foi “barrada” pela crítica e no fim da vida, sua luta para que os nazistas não saqueassem sua casa e suas obras, já que ele era considerado “degenerado” pela lei estética do bigodinho fdp.
Mas o filme é um vai e vem de cenas onde todos esses momentos se intercalam e quando a gente começa a se interessar por uma dessas histórias o diretor já nos joga em outro momento de vida e de elenco e de estética que logo ele se perde e o filme deixa de acontecer como tentativa de ousadia cinematográfica e acaba indo para um poço sem fundo de confusão temporal.
E eu sempre esperei uma cinebio do Munch exatamente porque sendo um artista com uma vida tão peculiar, mesmo para os artistas peculiares, aquela vida poderia ser contada como poucas.
O que não foi o caso, infelizmente.
NOTA: