Ontem eu falei do #alertafilmão espanhol Feche Os Olhos e do quanto a memória é importante.
Hoje eu reitero essa fala e lhe peço que por favor, corra para o Paramount+ e assista este documentário chileno A Memória Infinita.
Em clima de festas quase impossível depois de um ano bem duro, eu já comecei chorando nos primeiros minutos deste filme quando Augusto Góngora é acordado por sua esposa Paulina Urrutia, que lhe explica quem ele é, quem ela é, sua esposa, que ele está acordando em sua cama, onde dorme todo dia, que ele é um homem incrível, que tem 2 filhos, irmãos e que todo mundo o ama muito.
Góngora, um jornalista e escritor muito ativo, muito admirado no Chile, há 8 anos foi diagnosticado com Alzheimer.
Paulina já foi Ministra da Cultura do Chile, uma artista muito conceituada e muito querida.
Augusto trabalhou sua vida inteira para que os chilenos não esquecessem das atrocidades cometidas por Pinochet.
Agora ela vive para que ele não se esqueça de nada.
Muito menos dela. Aliás, esse é o grande medo de Paulina, de chegar o dia em que seu amor não saiba mais quem ela é.
E eu chorei. E chorei mais.
A diretora Maite Alberdi consegue com muito material de arquivo do casal, contar a história que não vai ser esquecida deles, do jornalista combativo e da atriz que foi Ministra da Cultura.
Enquanto isso ela nos mostra o quanto o amor e a dedicação são fundamentais para que o casal continue vivendo bem e feliz. Ou pelo menos tentando.
Desespero de tristeza e felicidade em forma de filme, que foi premiado em Sundance este ano e concorre a vaga no Oscar 2024 pelo Chile.
NOTA: 1/2