Máfia da Dor é um filme tão ruim e tão cara de pau que eu nem vou gastar tanto meus dedos aqui mas vou deixar alguns pontos bem claros.
Primeiro que eu acho a indústria do entretenimento hollywoodiana está se aproveitando demais, no pior sentido, da crise do opióide que vem matando milhares de meses todos os anos, há anos, nos EUA.
Tudo bem fazer uma série contando a história, como a Dopesick do Michael Keaton, bem boa.
Daí fizeram uma segunda série, a Painkiller, do Matthew Broderick que não é tão boa mas ok.
Deu?
Não.
Meu preferido Mike Flanagan foi lá e enfiou um sub-sub-sub plot dos opióides no que deveria ser uma puta série, A Queda da Casa de Usher mas que me deixou tão bolado com esse truquezinho que só achei ok.
E olha que o elenco, roteiro, direção, direção de arte da série são de tirar o chapéu.
Daí agora parece que vão fazer mais filmes baseados na desgraceira dos remédios radicais para dor baseados no ópio que viciam só de pensar e o começo (quase) é esse Máfia da Dor.
Apesar do diretor David Yates (que dirigiu 4 Harry Potters e 3 Animais Fantásticos) e do elenco poderosíssimo só com Emily Blunt, Chris Evans, Andy García, Catherine O’Hara e Jay Duplass, esqueceram de escrever um roteiro decente.
E pior, pagaram cachês enormes (obviamente) pra essa galera toda e não tinham dinheiro pra produção do filme. Sério. Se bobear não tinha nem uma diretora de arte decente no filme pra construir cenários sem dinheiro e por isso foram pras locações mais sem graça do ano.
E a história, minha gente, é a de uma mãe solteira, striper, que vira milionária conseguindo convencer os médicos da região a venderem os tais opióides do nada. Do. Nada.
E eles querem que a gente acredite nisso. Tem mais, claro, mas é tão porcaria que nem vale a pena continuar aqui. Só fico pensando assim: será que esse povo tem ideia que está fazendo um filme muito ruim enquanto está lá filmando? Será que não percebem a roubada que entraram?
Fuja.
NOTA: