Olha, mais um filme que tinha tudo pra ser incrível e que meio que cai por terra.
O “meio que cai por terra”, o “meio”, é pra dizer que o filme não é ruim.
Só não é bom.
O que é uma pena, porque Disco Boy tem tudo de filmes que eu gosto: filme europeu sem grana, com roteiro bem indie raiz anos 90 todo cheio de pulos temporais (curtos mas efetivos), com um personagem principal de intenções duvidosas que dá um belo de um ati herói, com trilha cheia de referências, fotografia precisa e estrelado pelo divo Franz Rogowski.
Mas o Disco Boy, que é um imigrante ilegal que se junta a legião estrangeira na França com a esperança de depois de 5 anos conseguir seu passaporte e mudar de nome e tudo mais, não me conquistou.
Tudo na vida de Aleksei é errado e por isso mesmo sua história poderia ter sido punk como o “suposto mercenário” sem moral e sem pudor que se perde pelas baladas regadas a muito álcool.
Acontece que o paralelo proposto pelo diretor com a vida de Jomo, um guerrilheiro nigeriano, não teve pra mim o impacto que deveria ter tido.
O “disco boy” do título brilha com um brilho fugaz, que ao sair do foco de luz, cai na escuridão esquecível.
Quase como esse filme.
NOTA: 1/2