Grande filme espanhol, Mantícora é o animal mitológico metade tigre, metade homem.
Na história do ótimo diretor Carlos Vermut, a mantícora da vida real é Julián, um super designer de criaturas de video games, claro que introspectivo, quieto, solitário e que entrega as melhores criaturas mais assustadoras possíveis.
Mas Julián é o tipo de cara que também larga tudo pra salvar o menino filho da vizinha que coloca fogo no apartamento enquanto deixado sozinho pela mãe.
E também é o cara que se encanta pela garota mais improvável e que fica com os 2 pés atrás antes de ter alguma possibilidade de chegar nela e dizer que sente alguma coisa.
Mas a mantícora é meio tigre e quando o homem se retrai, o tigre se sobressai.
E aí que o filme de Vermut pega fogo, quando a getne menos espera e acha que o tigre é só o personagem dos games, que Julián cria com tanta perfeição e tanto cuidado.
Mantícora, o filme, é um absurdo de bom e eu, pra ser sincero, duvidava das críticas elogiosas mesmo depois de 20 minutos assistindo esse “slow burn”, essa obra que vai pegando bem devagar, beeem devagar mesmo.
Eu já tinha desencanado de que algo surpreendente aconteceria e para minha surpresa tola, levei 2 pés no meio do meu peito que não vi de onde vieram e também não vi pra onde me arremessaram.
NOTA: 1/2