Ó lá eu de novo traduzindo título de filme.
Pelo menos eu não invento algum título bizarro do tipo “o homem cansado que mora perto do mar”, ou alguma coisa idiota parecida.
O filme estreou em Cannes em 2022 e agora fica disponível pra gente se deliciar com a história de Waleed, um palestino de 40 anos vivendo em Israel que não só se sente julgado o tempo todo onde quer que ele vá mas também se sente sem força alguma para mudar as coisas.
Ele tenta, mas não consegue.
E tudo isso vai fazendo com que ele se desanime mais e mais até que a depressão tome conta totalmente.
E isso não é legal nem pra ele, nem pra esposa ou pros filhos ou pra seus pais.
Nem pro seu vizinho Jalal que, claro, incomoda os dias de depressão de Waleed em casa, primeiro com música alta e depois com o jeito meio de bandidinho.
Só que aí o criativo Waleed vê vantagem, já que ele deixou seu trabalho que o incomodava muito para tentar virar um escritor.
E o escritor pede para acompanhar o vizinho pra cima e pra baixo pra ver o que ele pode conseguir com isso.
A esposa de Waleed gosta da nova amizade, Waleed gosta da nova amizade e até o pseudo bandidinho Jalal gosta, até descobrir a real razão da aproximação.
O roteiro escrito pela também diretora Maha Haj é bem inteligente e melhor, bem esperto, ao conduzir o espectador por caminhos não óbvios.
Mas a diretora Maha não é tão “esperta” quanto seu roteiro.
A Febre do Mediterrâneo poderia ser um pouco menos “careta”. É até feio eu tirar umas claquetinhas da nota de um filme por isso, mas com o roteiro e com a dupla principal de atores que tinha em mãos, Maha poderia ter entregue um filme merecedor de prêmios.
NOTA: