A Anna Nicole Smith sempre foi um enigma pra mim.
Bem mais novo, em tempos de não existência de redes sociais, onde os paparazzi eram os então vilões, ou a mulher era bacana ou era pilantra.
Quase não tinha um meio termo.
E a loira linda, modelo da Guess, teve a ousadia de posar nua na Playboy e pior, ó ousadia, de se casar com o velhinho dono da revista das coelinhas.
Anna Nicole era amada e odiada e invejada e desejada em proporções iguais, tinha a vida invadida, revirada, mastigada e cuspida.
Foi famosa por ser linda, foi famosa por ser “aproveitadora”, foi famosa por ser milionária, foi famosa por ter filho cedo, foi famosa por engravidar não se sabe de quem, foi famosa por ser drogada, foi famosa por beber até cair.
Ela foi a nova Marilyn Monroe ou melhor, tentaram que ela fosse, mas Anna Nicole não era atriz., ela só era tudo aquilo lá.
Só.
Neste documentário a gente vê muito bem sua trajetória de vida já que Anna Nicole, além de tudo o que eu disse, teve sua vida devassada.
Ela não dava um passo sem ser fotografada.
E por isso a gente tem imagens de tudo o que acontecia em sua vida, dos altos e principalmente dos baixos.
E só por isso o filme merece ser visto, para pensarmos como era o mundo antes do imediatismo do celular, do poder da mídia em nossas mãos e do quanto aquele poder, que ficava nas mãos de meia dúzia de bilionários que resolviam quem era legal e quem não era, quem era hype e quem não era, enxergamos o caminho da loira linda milionária que soube lidar com os perrengues como poucos, que viveu como poucos e que se foi como quase ninguém.
NOTA: