A gente lê um título como Fashion Reimagined (algo como Moda Repensada) e já pensa que o documentário é sobre alguém que desenha roupas como nunca desenhadas antes ou algo parecido.
Acontece que a repensada na moda tem mais a ver com repensar todo o processo da moda, tirar a fama de fulgás, de descartável.
E para isso a diretora e ativista ambiental Becky Hutner fez um filme sobre um dos novos nomes da moda inglesa.
Amy Powney é um nome que só cresce e ganha prêmios e louros no mercado de moda da terra do Rei Carlos (quem diria), e não do Roberto.
Amy nasceu no meio do mato, em fazenda, filha de ativistas, ambientalistas e ela mesma uma grande defensora do meio ambiente.
Pelo que aprendi com o filme, Amy é a anti fast-fashion, com sua moda pensada para durar e não para ser descartada após uma temporada.
O legal do filme é vermos como funciona toda a cadeia de moda feita por alguém com responsabilidade ambiental.
Claro que na medida do possível para a moda em si.
Mas é incrível ver e saber o quanto dessa cadeia de moda é “preguiçosa” a ponto de escolher o tecido mais caro e que mais deixou rastros em sua produção na maioria das vezes por vaidade do estilista e conhecer os números imorais produzidos todo ano por essa indústria.
O filme é ótimo pra quem entende, estuda, trabalha com moda e melhor ainda pra alguém como eu que vê moda de longe.
E o filme deve ser visto por todo mundo que, sei lá, usa roupa.
Eu me interesso mais pelas histórias do que pelas roupas em si e neste caso, a história de Amy e de sua luta pela moda “limpa” é maior do que qualquer vídeo da Vogue na casa de qualquer estilista jovenzinho de marca francesa que coleciona qualquer bobagem gigante e tenta hypar com essas excentricidades rasas.
NOTA: