Nada como um indiezinho bom estrelado por uma atriz bacana que quer mostrar que é melhor do que as porcarias que ela faz normalmente.
Não, não tô falando de To Leslie, que valeu a pena e a Andrea, como eu disse lá em janeiro, está indicada ao Oscar de melhor atriz.
Aqui é a Anna Kendrick que parou de cantar e vive a Alice do título, uma mulher casada com o inglês da sua vida e que em uma semana de férias com as amigas, coloca pra fora tudo o que sofre nas mãos desse marido abusador.
O filme é bonzinho, nada excepcional, acaba sendo um veículo para mostrar que a Kendrick pode sim fazer personagens mais multidimensionais e profundos do que ela vem fazendo em sua carreira que é meio sem gracinha, vamos combinar.
A diretora Mary Nighy tinha um material bom em mãos, se dedicou, ensaiou, dirigiu bem o elenco ótimo mas segurou a mão e nnao quis engatar uma quinta marcha em um carro que numa estrada segura, resolveu não se arriscar e andou logo abaixo do limite de velocidade permitida.
Além a Anna, o filme tem como uma das amigas de sua personagem outra atriz incrível, a anglo-nigeriana Wunmi Mosaku (de His House e Lovecraft Country) que também mostra em poucas cenas que é uma atriz bem acima do normal hollywoodiano.
E a diretora ainda tinha o vilão perfeito pra transformá-lo em monstro do horror da vida real e quase o fez.
Mas o gostinho de quero mais ficou na boca.
Veja bem, o filme não é ruim, longe disso.
É bem dirigido, o roteiro é redondinho, tem momentos bem tensos e um monte de gatilho, mas como disse, não ousa, não arrisca, o que o torna não um belo de um indie mas um bela de um filme que pretende ter cara de indie pra mostrar os dons da atriz principal que é gigante e aqui quer mostrar que pode mais.
NOTA: