Tem filme que se a gente não presta muita atenção acaba passando despercebido.
Geralmente isso não é problema, já que geralmente esses filmes são ruins.
Mas Emily The Criminal, Emily A Criminosa, é uma das maiores surpresas do ano e por pouco não vcai na vala dos quase asssitidos.
O filme é tão bom que catapultou sua estrela, minha preferida Aubrey Plaza, a um nível que ela já deveria ter ocupado muito antes.
Aubrey é Emily, uma artista que não consegue sobreviver como gostaria porque quando mais jovem ela meio que foi preso por uma burrada e isso com isso no currículo, nada de trabalho “decente”.
Enquanto isso ela faz bicos servindo comida e fazendo tudo mais que aparece.
Até que aparece um esquema de fraude de cartão de crédito, indicado por um amigo que também tá na roubada, que se ela fizer ela ganha 200 dólares na hora, na mão.
Claro que é um job escuso mas Emily vai lá e descobre que não só o negócio é facinho de fazer como ela acha que tem a manha.
Ela repete, é convidada para algo mais punk onde ela vai ganhar 2 mil dólares e Emily se joga.
Emily A Criminosa é a estreia na direção do ator John Patton Ford, a partir de um roteiro original dele mesmo.
Pra começar, o elenco do filme é absurdamente bem dirigido. E além de Aubrey, o filme tem a Gina Gershon que a gente tanto ama num papel de 10 minutos mas que quebra tudo e tem um dos caras mais legais de Sons of Anarchy, Theo Rossi, como o bandidão que faz com que Emily entre pro lado ruim da força.
Emily é uma das personagens mais legais do ano, uma menina perdida mas determinada, forte, dedicada e que à medida que sua história vai desenrolando aos nossos olhos, a gente vai se encantando cada vez mais por ela.
E pior, eu fui ficando feliz por Emily, com raiva, com medo, preocupado, chocado e muito mais.
Claro que tudo isso é culpa da Aubrey Plaza, que já vinha aos poucos mostrando a que veio, desde Parks and Recreation, passando pelo ótimo Black Bear, agora quase roubando a cena de The White Lotus e também sendo a estrela do próximo filme do Coppola, Megalopolis.
O que o diretor Ford faz com um ótimo roteiro mas com pouco dinheiro, é de se parabenizar e agradecer de joelho.
A história da artista criminosa, que sonha em morar na América Latina e desenhar o resto da vida, é a prova de que o cinema é uma arte surpreendente.
Do nada um filme pequeno, despretensioso, muito bem escrito e dirigido, com um elenco perfeito, personagens surpreendentes e uma cinematografia linda, dá inveja a filme gigante de Hollywood.
Virei fã do diretor Ford e já quero filme novo dele.
E claro, Aubrey explodiu aqui. E não diga que eu não te avise.
NOTA: 1/2