Mad God, ou deus doido, é uma animação também doida demais no melhor dos sentidos.
Se você, como eu, morre de saudades da revista Heavy Metal, não porque ela não mais exista, mas porque eu fui largando pelo caminho mesmo, Mad God é o filme para você.
Em 1981 foi lançado o longa Heavy Metal, com 5 histórias vindas diretas das páginas da revista em quadrinhos.
Aquelas histórias eram costuradas por uma esfera esverdeada que viajava pelo tempo e pelo espaço e observava histórias bem violentas, do jeito que a gente gostava.
Mad God me lembrou muito das páginas da revista, pela violência e também pelo surrealismo psicodélico das histórias.
Só que o psicodélico está mais pra uma bad trip que uma viagenzinha delícia.
Mad God é um delírio em stop motion sobre O Assassino, uma figura desgraçada, até porque seu apelido não veio do nada.
Ele desce para níveis e mais níveis de submundo, que a gente até lembra dos círculos infernais dantescos, onde ele encontra um sem fim de personagens e situações horrendas.
Mas tudo acaba sendo quase engraçado, já que o stop motion, a animação quadro a quadro com bonecos e também com “gente”, acaba tirando um pouco do medo e do choque vistos no filme.
O Assassino acaba sendo um personagem quase fofo, depois de tudo o que vemos através de seus olhos, do que ele vê, com os visuais mais incríveis do ano.
O mais legal de tudo? É filme da Shudder.
NOTA: 1/2