Faz umas boas horas que eu acabei de assistir esse drama da Netflix e ainda não entendi se o filme é fã ou hater.
Explico.
Uma Garota de Sorte é Ani (vivida pela Mila Kunis) e até agora eu não entendi qual é a sorte da garota.
Ela é assistente de uma editora de uma revista feminina, está prestes a se casar com seu noivo bem rico (que bosta) e pior de tudo, narra o filme inteiro, como se a gente não estivesse vendo o que está acontecendo.
Logo de cara a gente descobre que ela tem uns probleminhas bem graves com facas e instintos assassinos, o que eu achei que levaria o filme para um lado de horror ou serial killer e a sorte da garota seria ninguém descobrir que ela era do mal.
Tolinho eu.
Aos poucos a gente vai descobrindo que ela é sobrevivente de um massacre quando era adolescente em sua escola de elite, onde ela estudava como bolsista pobrinha (sim, isso fico claro o tempo todo).
O problema é que o povo acha que ela estava envolvida com os alunos que mataram uma galera na escola.
Primeiro porque ela era amiga dos nerds, que sofriam bullying pesado dos bonitões milionários.
Segundo porque ela própria sofria bullying e coisas piores.
Terceiro porque um dos moleques ricos sobrevive ao massacre, vira um famosinho que prega a não violência ao mesmo tempo que era o mais violento de todos e o que continua difamando a fofa.
O filme fica pulando entre o passado e o presente, onde no passado ela era vítima e no presente é uma mulher escrota, claro que pelos traumas todos. Será?
Por isso perguntei se o filme era fã ou hater, porque nnao dá pra ter empatia com a personagem por mais que Mila se esforce a dar algum tipo de qualidade fílmica em um roteiro ruim demais de uma história enrolada que poderia ser ótima já que, pra começar, todo mundo lá é vilã e mocinha, inclusive a própria Ani, que não consegue ir pra frente na vida por todo o peso do passado, apesar de estar em um lugar bem privilegiado sem sabermos como nem porquê. E olha que o filme é baseado em vida real, então história ali tem.
Mas não funciona, nada funciona e apesar do elenco incrível com Connie Britton e Jennifer Beals, o filme não é nada, fica indo e vindo em um monte de possibilidades que não se concretizam.
NOTA: 
