O negócio é o seguinte: se a Shudder precisar continuar a fazer 300 filmes muito ruins por ano pra lançar 1 Glorious, eu topo.
E continuo assistindo todos eles.
Glorious é uma surpresa das melhores possíveis.
Um filme pequenininho, com uma história inacreditável e com as melhores referências lovecraftianas muito bem usadas e abusadas no roteiro escrito a 6 mãos e dirigido com toques de maestria por Rebekah McKendry.
O filme conta a história de Wes (Ryan Kwanten de True Blood), um cara triste, dirigindo sozinho seu carro enquanto dá umas pescadas de sono que para se livrar de um acidente, estaciona em uma parada.
Entre lavar o rosto e tentar comer alguma coisa, ele vai ao banheiro e ao entrar no reservado percebe um buraco na parede (oi!) e de lá vem uma voz de um homem (J. K. Simmons) que começa um papo bem casual ao mesmo tempo que muito sóbrio.
Por mais estranha que Wes ache essa interação, ele continua conversando com essa voz estranha até perceber que quem está falando com ele é alguma coisa muito maior do que o homem que ele achava que estivesse ali ao lado.
Claro que aos poucos tudo vai piorando, Wes descobre que não consegue sair do banheiro e depois descobre que voz é aquela e o que quer exatamente com o homem solitário, que estava só tentando melhorar do choro ininterrupto enquanto dirigia porque, ao que parece, Wes tinha levado um belo de um pé na bunda da mulher que ele amava.
Mas como eu disse Glorious tem os 2 pés no universo do Mestre dos mestres Lovecraft e o horror cósmico que estamos prestes a presenciar dentro de um banheiro sujo de uma parada em uma estrada no meio do nada é mais bizarro, psicodélico, cruel e sarcástico, porque não do que o filme parece ser.
Nada te prepara para o que via acontecer em Glorious e essa é a grande qualidade do filme.
Surpresa atrás de surpresa sob uma direção precisa, como já disse e o melhor de tudo, com uma atuação a ser aplaudida de um Ryan Kwanten que eu não esperava que conseguiria entregar tudo o que vemos nesses 90 minutos de muita…
Não, já falei demais.
Não perca.
NOTA: 1/2