Que filme legal que é The Pit.
Diretamente da Letônia, meu canto preferido cinematograficamente no mundo nos últimos anos, o filme conta a história de Markuss, um moleque bem peculiar, pra dizer o mínimo, que é punido por deixar uma vizinha em um buraco no meio de uma mata sem avisar ninguém, depois que ela cai lá dentro e todo mundo achar que ela morreu.
Sabe aquela sensação de que você tem que fazer alguma coisa a respeito de algo que parece impossível de tão surreal que aconteceu que você não faz o que deveria, deixa passar e quando percebe foi tarde demais e você se fode?
Esse é o Markuss, um menino que não tem pai, que mora com a avó, longe da mãe, avó essa que faz ele “trabalhar” para puní-lo pela cagada da menina no buraco.
Mas ele fica fica amigo de Sailor, um velho que mora sozinho e meio que escondido em um sítio perto, pra quem ele leva doces que a avó faz.
Markuss acha na propriedade de Sailor um vitral enorme não acabado, com um desenho muito familiar e percebe que tal desenho foi feito pelo pai do menino, que era amigo de Sailor, que também era (mais que) amigo de sua avó.
E sem que ninguém de sua família saiba, o menino começa a visitar o velho solitário todos os dias para que juntos terminem o vitral.
Até que, né, já que é um filme e alguma desgraça que vinha aparecendo lá no horizonte, desponte realmente.
O filme tem um força de roteiro bem grande, com personagens que mais parecem saídos de contos de fadas de um inferno bem próximo, já que nada parece dar certo pra ninguém.
Basicamente a vida real, só que com personagens interessantes, já que nem isso temos mais na vida real e para isso é que serve o cinema, ainda mais através de um filme tão bem dirigido quanto é esta estreia da diretora Dace Pūce.
NOTA: